15 junho 2007

Melado



Não, esta não é uma receita de sobremesa da minha avó (apesar de que, se fosse, também seria ótimo).

Este é um post sobre Melado, o João Batista Melado, um dos grandes quadrinistas da atualidade. Exagero? Talvez. O tempo dirá, até porque o Melado não é lá um autor tão conhecido. Pelo menos, não com seus quadrinhos. Porque, como chargista, ele já é um veterano de guerra - atualmente, publica no Diário da Tarde, de Belo Horizonte, mas já foi do Estado de Minas, da imprensa sindical e do grande, saudoso, efêmero, Humordaz, durante os anos 70 (você não sabe o que foi o Humordaz? Problema seu).

Ah, e ele foi um dos fundadores da revistinha Uai!!, também no fim dos anos 70. Lá ele publicou suas primeira história em quadrinhos. Porque a segunda foi mesmo na Graffiti. Para ser mais exato, a Graffiti 6, em um já distante ano 2000 (como voa). Lembro-me de ter-lhe dito, do alto da minha empáfia: a história tá ótima, mas o primeiro quadro (o primeiro!) tá confuso. E não é que ele, do alto da sua humildade, mudou? E a história, que já era estupefaciente, ficou ainda mais.

E foi só a primeira. Desde então, ele já publicou umas sete ou nove histórias em quadrinhos, todas na Graffiti, todas impactantes, todas etéreas, meio kurosawa, meio moebius, meio will eisner.

Bom, o Melado não é um quadrinista conhecido, porque a Graffiti também não é lá uma revista conhecida. Agora, ele está produzindo uma HQ longa para o nosso próximo álbum, da série “100% Quadrinhos”. Outro dia, ele nos mandou alguns trechos. Tomo a liberdade de reproduzir aqui um pedaço de uma página. Eu não sei como é a história, mas não precisa. Tomara que, depois do lançamento desse álbum, ele tenha o reconhecimento que merece.

4 comentários:

Graffiti 76% Quadrinhos disse...

Uma retificação, lembrança de última hora: Melado já publicou uma hq curta, em uma revista de Wellington Srbek, Mystérion, em 2003, segundo me indica o site www.maisquadrinhos.com.br

Unknown disse...

Esse Melado é demais. E tem uma mente fantástica. Ele parece quem nem é deste planeta.

Eu de Goiânia

Marina Melado disse...

Uma honra para mim é ver o reconhecimento deste artista, meu PAI!

Orbigada por divulgar um pouco o trabalho que é a vida dele, literalmente, não o imagino sem seus lápis, canetas e tintas!

João Evangelista Rodrigues disse...

Oi, gostaria de entrar em contato com o Melado ...como faço?