Há poucos dias achei num pequeno sebo do Museu Giramundo uma bela edição de obras de Grosz. Sabia que era chargista político e artista plástico, mas não conhecia a proximidade que teve com os quadrinhos. George Grosz (1893-1959), foi aluno de Richard Muller e colega de Otto Dix, com o qual encabeçou, nos anos 20, a corrente Neue Sachlichkeit (nova objetividade) do Expressionismo alemão.
Ebert Auf der Kanzel - 1923
A obra de Grosz retrata de forma cruel a realidade e denuncia a crisi da sociedade alemã entre as guerras: burgueses, burocratas e soldados são seu temas principais. No seu trabalho específico de chargista recorre eventualmente a legendas e baloons de texto, mas este recurso desaparece na sua obra de artista plástico, incorporado à eloquência do traço.
Homem e mulher - 1924
Processado e multado várias vezes por seus trabalhos - como Cristo com a mâscara antigás, teve seus livros ilustrados queimados pelos nazistas.
Anti-semite - 1935
Nos anos 30 refugiou-se nos Estados Unidos, aonde sua obra perdeu motivação. É desta época esta série de vinhetas que chama atenção pela proximidade com as hq.
9 vignettes - 1941
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