Em seu livro mais recente, Moacy Cirne, que já prefaciou uma Graffiti, escreveu ensaio apontando um “cânone dos quadrinhos”. Trata-se de uma lista das grandes obras dos quadrinhos, estabelecida sem maiores discussões - embora, para se construí-la, se tenha feito um exercício subjetivo necessariamente movido por escolhas pessoais.
Para chegar à lista, Cirne consultou alguns amigos e estudiosos, que elegeram, cada um, seus vinte quadrinhos considerados canônicos. Daí, o autor fez uma lista-síntese, contendo, segundo ele, os mais influentes quadrinhos da história.
Existem controvérsias óbvias na lista - algumas enunciadas pelo próprio Cirne, como a ausência do Príncipe Valente e de Pogo. E existe também - e principalmente - o tempo que corre contra uma lista dita “definitiva”. De uns tempos para cá, temos visto um florescer de novas e bem-sucedidas obras em quadrinhos, de Persépolis a 100 Balas, de Fun Home a Pyongyang. Estas obras podem até não constar da minha lista, mas eu não me surpreenderia se as encontrasse na lista de alguém.
Bem, vou criar a minha lista de cânones de quadrinhos (lembrando que toda lista desse gênero gera polêmica). Se alguém tiver paciência, pode criar a sua e postar aqui, vai ser um prazer confrontar com a minha, discutirmos e tal.
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